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Showing posts from May, 2014

arte tem que caber em gavetas?

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quando o escritor e a vida misturam-se quando a invasão acontece quando o escritor é engolido pela sua biografia quando o que conta é a loucura cotidiana e não o esforço de arte ele não reclama não foge não teoriza simplesmente escreve, existe e quando insistem que tem que apresentar respostas simplesmente provoca: a arte tem que caber em gavetas? por Caroline Stampone 

culpa da mãe

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há dias de vomitar histórias muitos dias assim lapidá-las é que é difícil exige paciência, distanciamento e faca afiada nunca gostei de facas afiadas acho que posso culpar a mãe por mais essa "a faca a gente só usa para passar manteiga no pão" sabe o que é mais absurdo nisso tudo? o desencontro de certezas como pode parecer tão categórico aquilo que foi parido sem razão?

conversando com pedras

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tem pedra que toca a gente e tem gente que é que nem pedra tem gente que passa um pedaço de vida pedrado e tem gente que não sabe existir sem atirar pedras a tudo o que não entende tem gente que para para falar com as pedras do caminho e não tem paciência com gente de pedra tem pedra que a gente chama de arte e pedra que a gente inventa que é só entulho tem pedra que vira casa pedra que vira arma e pedra que resta recordação Naquela terça feira esse punhado de pedra falou comigo. Primeiro exigiu que eu chegasse mais perto, para ver melhor. Sim, era verdade. O que parecia um sorriso diabólico, não o era. O que parecia um olhar perdido, também não o era. Era tudo só cansaço. Isso mesmo. Cansaço. É que mesmo os corpos perfeitos cansam. Até mesmo as pedras cansam-se de assistir sempre a mesma novela. Nós, seres humanos, a repetir sempre os mesmos erros. _ No começo até que foi engraçado_ confessou-me a pedra. _ É que o absurdo tem graça, as vezes. Nas primeiras centena