Um filme que traz até nós as contradições de uma mulher, que pensou, amou e lutou pelo o seu espaço no mundo. Quando assisti 'Os amantes do café Flore: Beauvoir e Sartre', fui atingida com muito mais verdade por aquela que vem primeiro: Simone de Beauvoir. Ela é a primeira a aparecer no filme e é também a última a ser mencionada. O foco do filme é ela. Enquanto Sartre é exposto quase sempre como o possuidor de certezas, ela é exposta como um ser humano que duvida, um ser humano que é mulher e é também outra mulher. Uma mulher parida por seus pais, pelo seu tempo e pela sociedade. E também uma outra mulher, uma mulher que tenta refazer a si mesma. Uma mulher que pensa e ama. Uma mulher que, tem horas, encontra lugares impossíveis, lugares nos quais ela tenta fazer caber o amor e a si mesma. Uma mulher que por carregar também a outra mulher, teve dificuldades em amar com liberdade. Uma mulher que apesar de recusar o casamento como mais uma das instituições burguesas
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