documentário 'Open Arms, Closed Doors' (Braços abertos, Portas Fechadas)
O documentário 'Opens Arms, Closed Doors' (Braços abertos, Portas Fechadas) fala da vida de Badharo, um imigrante angolano que vive na favela Mare, no Rio de Janeiro. Ele conta que antes de imigrar pensava que ia encontrar o Rio de Janeiro das novelas, uma cidade linda e de braços abertos. No entanto, acabou por encontrar muito preconceito e muitas portas na cara.
Não é que brasileiro não trate bem imigrante. "Europeus e norte americanos se dão bem aqui", afirma Badharo. Mas, a situação para quem vem de Angola, enfim, para quem vem da África negra é outra.
A cor da pele ainda tem o poder de abrir e fechar portas. Soa absurdo. Mas, é verdade. Muitas vezes o preconceito ao negro caminha de mãos dadas a exclusão do pobre. Mas, segundo o documentário, mesmo os africanos que vem para o Brasil com a carteira cheia sofrem preconceito.
Badharo é um lutador cotidiano, que faz o que ele chama de rap social. Conta que vem de uma família de lutadores. Seu pai e alguns de seus irmãos lutaram pela independência de Angola. Badharo escolheu lutar através da música. Arte para revolucionar o mundo.
Denuncia em sua arte o preconceito que sente na pele e que enxerga dia após dia. Até mesmo a sua companheira de vida, uma brasileira branca, afirma que se o pai fosse vivo não ia aceitar a relação dela com Badharo. "é que o pai não gostava de preto"_ ela explica. E completa: "se o pai fosse vivo não ia nem olhar para os meus filhos".
Além de acompanhar a luta diária de Badharo o documentário denuncia também o assassinato da estudante angolana Zulmira Cardoso, baleada em São Paulo no ano passado.
O documentário 'Open Arms, Closed Doors' foi dirigido por Fernanda Polacow e Juliana Borges. Está disponível em http://www.aljazeera.com/programmes/viewfinder/2012/12/2012122383251457242.html
"O Brasil do meu ponto de vista é um dos países mais racistas do mundo". (Badharo)
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